segunda-feira, dezembro 22, 2008

Deles

Finalmente nasceu o primeiro dentinho ao meu pequeno.
Descobrimos na sexta-feira à noite ao dar-lhe a sopa. Senti qualquer coisa a arranhar a colher e a tilintar baixinho. Ainda estava só a espreitar mas já deu o ar da sua graça.
Hoje, ao rir-se, já se nota bem, quase todo de fora.
O que quer dizer que começou o martírio para as minhas mamas. Trincadelas... Dispenso-as.
No Sábado tivemos a festinha da princesa.
Uns sias antes tinha-me dito que no dia da festa ia estar nervosa. Mas só um bocadinho.
Chegamos e já estava muita gente, muita confusão. Fómos levá-la aos "bastidores" e ficou bem, quase toda despida.
A festa foi gira, as crianças são fantásticas. Deixam-nos de sorriso parvinho.
Quando chegou a vez da salinha da Inês eu não sabia muito bem o que me esperava. Ela não falava muito sobre o que ia fazer. E eis que me aparece ela com um menino a cantar e a representar uma música. À frente de todos, destemida, mas muito tímida.
A emoção é muita vermos os nossos filhos, tão lindos, perante uma multidão de gente. E nós, pais, com a lagriminha no canto do olho, embaciadinhos que quase não a via, e a rir-me ao mesmo tempo. Tão linda!

terça-feira, dezembro 16, 2008

Oito meses, Hoje

És um bébé meigo, simpático e bem-disposto, de sorriso fácil. Também choras com a mesma facilidade com que ris. És um bébé calmo mas que não gosta de ficar sozinho. Gostas que falem contigo e não gostas quanto te dizemos que não mexeres. Fazes logo beicinho.
As noites não têm diso nada boas. Já experimentámos de tudo. Parece-nos que não gostas da tua cama. Talvez tenhas frio ou talvez não. Gostas muito de dormir na nossa, no nosso meio. Adoras sentir-nos. Mesmo a dormir a tua mão anda no ar à procura de "caras", das nossas.
Não tens ainda nenhum dente mas andas desesperado sempre a tentar coçar as gengivas.
Tens uma relação com a tua mana muito gira, mesmo. Já brincam os dois, ris-te imenso com cada coisinha dela e ela gargalha contigo. Adora abraçar-te e dar-te beijos na cabeça.
Continuas com o cabelo claro e eu adoro-te os olhos grandes e escuros, muito doces.
Só não és um bébé como os outros porque és meu.
E eu gosto tanto, tanto de ti.

Não sei se ria; não sei se chore

Não há nada melhor que um final do ano super atribulado.
Já há uns tempos atrás que o meu carrinho lindo e velho me pregava umas partidas.
Segunda feira de manhã. O stress do dia que é e mais o frio ou a chuva ou ambas. Pega no gajo, casacos, mochilas, catraia a pedir colo. Desce escadas, coloca o moço no lugar, volta a subir, pega na moça, coloca-a. Ambos apertadinhos, chave na ignição e nada. Nada! Nenhum sinal. Volta a tirar tudo, corro à casa dos meus sogros, fica o puto a chorar, carro emprestado, repete-se tudo de novo (o mete crianças, que este pegou).
Esta história repetiu-se umas 5 vezes ou talvez mais. Colocou-se bateria nova mas acontecia sempre que o carro ficava parado um dia inteiro. A solução era pegar nele ao fim do dia de Domingo e ele à Segunda estava operacional.
A ideia de um carro novo já andava nas nossas cabeças e este foi O motivo para a decisão final.
Carro quase comprado, de manhã lá vou eu com os meus mais que tudo. Aparece-me um louco de frente numa curva apertada e dá-me uma cacetada no espelho retrovisor. Parte-me o raio do espelho e segue a vidinha dele. É que nem parou. E eu a tremelicar nem liguei que este é para abater...
Este Sábado, já em casa e depois de um passeio, vou à garagem buscar qualquer coisa e... pneu furado.
Dá para rir. A sério que dá.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Há sempre uma 1ª. vez

No Sábado a catraia cá de casa começou a queixar-se de dores de barriga. Não ligamos muito porque as queixas coincidiram com a hora da sopa e podia ser a brincar.
Nessa tarde saímos e ela andou bem, apesar de pouco comedora.
À noite, já em casa, voltou-se a queixar e foi à casa de banho. De lá gritou um: mãe estou com caganita...

Tirando esta parte mais engraçada, temos a rapariga em casa com uma gastro, ou um vírus qualquer que se assemelha a isso. Febres altas, dores de barriga e muitas idas à casa de banho mesmo durante a noite.
Depois de uma ida ao hospital e uma confirmação com a pediatra, está de dieta, beber muitos líquidos e só vai para a escolinha na segunda-feira se estiver melhor.
Hoje já não se queixou e já não fez "caganita".

quarta-feira, dezembro 03, 2008

terça-feira, dezembro 02, 2008

Curtas

Na passada sexta-feira tivemos a primeira reunião na escola da nossa filha. E se eu não soubesse que tenho uma menina muito bem comportada e amiga, ficaria a saber nesse dia (arranjem-me já uma baba...). Há lá coisa melhor do que isto? Pessoas, agora não tão estranhas, elogiarem o que é nosso. Que ela é amiga de todos os meninos, que pede licença para fazer as coisas, meiguinha, simpática, inteligente, come tudo, bem comportada, pouco chorona, interessada... só coisas boas. Mas o que me deixa realmente contente, é sabê-la bem e feliz. Porque se nota a alegria naqueles olhos quando chega à escolinha e os amiguinhos vêem logo a correr ajudá-la a tirar o casaco ou a pousar a bata. Como a educadora disse, por vezes até há "raiva" em quem vai dar a mão a quem. E isso é fantástico. ~
Ontem foi dia de fazermos o pinheirinho. O primeiro a 4. No ano passado ele ainda estava escondido. Enquanto eu e a mana andávamos entretidas a pendurar bolinhas e luzinhas ele deliciava-se a comer comandos (porque será que todas as crianças adoram comandos e telemóveis verdadeiros e nunca os de brincar?) e a deitar-nos uns olhares risonhos.
E agora uma pergunta a todas as mamãs com filhos no infantário. Costumam oferecer algum presente às educadores e auxiliares, só às educadoras ou a ninguém?

quinta-feira, novembro 13, 2008

Castigos

Ontem ficou de castigo pela primeira vez. Não em casa. Na escolinha.
A amiga, inseparável mas sempre à pancada, não lhe emprestou O livro que ela queria e ela tumba, um safanão no nariz. A outra pequena não se ficou e deu-lhe uma sapatada na cara.
Com as duas a chorar, a auxiliar meteu-as de castigo, que consiste em ir para a sala dos bébés fazer um jogo.
Vinha tristíssima, com o choro fácil. Ao início insisti porque normalmente vem alegre e fala imenso. Depois vi que não queria mesmo falar e disse-lhe para me contar quando quisesse.
Já em casa contou-me. Disse-me que não tinha gostado porque na sala dos bébés é muito barulho.
Eu disse-lhe que é melhor ir para o castigo que levar porrada dos outros meninos. Para nunca se ficar.
Hoje já não se lembrava e foi toda contente para a escolinha.

quarta-feira, novembro 12, 2008

No Natal quero uma boneca que faz chichi...

É o primeiro Natal em que lhe noto um entusiasmo louco pela publicidade a brinquedos. Quando está na televisão não é só para ver desenhos animados. Quando começa a publicidade fica quase extasiada a olhar.
Mãe dás-me este e este e este e mais este e aquele. Este é de menino. É para quando o mano crescer.
Explico-lhe que não pode pedir tudo, que tem que escolher apenas 2 ou 3 coisas e ir pedindo aos avós e padrinhos.
Decidiu-se por uma boneca que faça chichi, cócó e que tenha uma chupeta...
A prenda grande pode ser uma bicicleta.

quinta-feira, novembro 06, 2008

O meu filho está no ponto

Está.
Ontem fomos à consulta dos 6 / 7 meses. Vai começar a "penicar" arroz e já pode comer bolachas. Pode começar a sopinha ao jantar. Vamos introduzir a carne.
Continua com cheiro e formas de bebé, a querer-me o colo e os beijos, a gastar-me o coração com sorrisos e olhares.
Não gosta nada de estar sozinho e só fica a brincar com alguém ao lado. Adora estar sentado rodeado de brinquedos e pessoas.
Está sempre bem-disposto e só se queixa com motivos válidos.
Não pode ficar assim para sempre, não?
(Ai, o que me vai custar quando deixar de ter um bebé...)

segunda-feira, outubro 20, 2008

Escolinha / Vida

Eu gabo-me imenso pelo filhos que tenho. Mesmo.
Ele ainda é um bébé e sabemos que pode (vai) mudar muito, mas temos uma princesa que é o meu orgulho.
Quando o irmão nasceu aceitou-o muito bem e nunca a vi com ciúmes ou triste. Nossa culpa também porque nunca a deixamos de lado, deixando-a sempre participar em tudo.
Pouco tempo depois do nascimento do irmão (1ª. mudança), ela iria entrar para a escolinha. Ela que esteve sempre com os meus pais e que estava comigo desde Março, 24 horas por dia.
Avizinhava-se um período difícil pensávamos nós.
Ela que é o meu orgulho foi para a escolinha e ADORA. Quer ir todos os dias até mesmo ao fim de semana. Já a tentámos convidando-a a ficar comigo ou com a avó mas ela diz que vai para a escola e que no fim pode ficar.
Aquele ser pequeno que me parece muitas vezes pensar, falar, agir como um adulto, diz-me que se diverte e que gosta muita da escola. Que tem muitas amigas e um namorado. Que dorme de mão dada com uma menina. Ela que chega a casa e que não nos quer contar o que fez mas que acaba por fazê-lo toda contente. Este ser que era muito envergonhado mas que agora está muito mais arrebitado e que já nos responde e ameaça (eu às vezes fico perdida de riso com as saídas dela. Cada vez me vejo mais ali...).
Se um dia leres isto vais saber que me deste uma grande lição. Que tudo na vida se consegue, se faz mesmo que nos custe a separação. E que conseguimos ser felizes em muitos locais, com outras pessoas. E eu fico muito contente por saber que tu és assim também porque nós te ajudamos a isso. E se eu tenho dias que me sinto a pior mãe de todas, basta-me olhar para ti para ver que não sou. Que posso não ser a melhor mas sou a tua. E que faço tudo para que sejas feliz. E eu vejo que tu és.

Doenças

O meu amor pequenino, que era muito sossegado e que agora mais parece um diabinho, anda doente. Atribuo à doença a culpa na mudança de feitio.
Sim, porque ele dormia a noite todinha e agora acorda de 3 em 3 horas na melhor das hipóteses. E uma noite destas deu um baile ao pai em que queria farra e esteve quase 2 horas meio acordado. Dormia no colo mas ao deitá-lo arrebitava logo a cabeça e abria aqueles olhos lindos que ele tem.
Segundo os entendidos, são filhos dos mesmos pais e que portantos têm os mesmos probemas, isto é, sofrem ambos de bronco espasmo. Trduzido para portugûês (uma leiga a explicar mas penso estar correcta), os brônquios não abrem o suficiente para a expectoração sair e têm que ser ajudados a isso.
O que custa imenso porque, para além das doses industriais de medicação, têm que fazer ginástica respiratória.
Ele chora que se farta e mal chega ao local abre logo as goelas não parando até pegarmos nele para lhe vestir a camisola.
Neste momento está a tomar antibiótico porque não havia forma de melhorar e andou uns dias bastante caído e febril.
Agora já anda todo bem disposto mas não a 100%.
E tem um sorriso lindo. Até a chorar é giro...

domingo, outubro 19, 2008

Parabéns!


Cá está Luzinha. O meu pequenino lindo.
E ele? É parecido com quem?

quinta-feira, outubro 16, 2008

O meu menino faz hoje seis meses.
Está lindo e gordo e doente.
E eu só penso que o tempo está a passar tão rápido, que quase não me lembro de como ele era há uns meses.

E eu quero-me lembrar de tudo. Quero-me lembrar que ele cheira bem, a bebé e que a meio da noite acorda para mamar e que fica ali juntinho a mim até de manhã. Que adora sentir-me, que me procura com aquelas mãozinhas tão pequeninas.

Começamos a saga da sopa, para já apenas 1 vez por dia. Nas primeiras colheres até abre bem a boca e parece que gosta, mas depois cerra-a e já não a volta a abrir. Tenho-o enganado com uma mistura de pêra com sopa.

Ainda é muito preguiçoso. Sentar? Dá muito trabalho. É muito melhor ir escorregando até ficar deitadinho. Gosta muito de tentar agarrar os brinquedos que colocámos longe dele. Estica-se todo, rebola, vira-se até o segurar. Depois segue direitinho para a boca.

Tento-o aproveitar ao máximo. Já não há aquele sentimento de tristeza e medo e alegrias do primeiro filho. Agora é tudo vivido mais intensamente tirando maior partido das pequenas coisas.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Ontem


foi o primeiro dia de escolinha da Inês.
O friozinho na minha barriga já estava cá há uns dias, mas ontem o nervoso era diferente. Era o medo por ela, o como é que ia ficar, sendo ela tão sossegada.
Levantei-me bastante cedo para que nada corresse mal. É que estar nervosa e andar a correr não combina nadinha.
Dei mama ao puto e fui acordar a princesa. Estava muito bem disposta. Vestidinha e com o pequeno almoço tomado, mochila às costas seguimos os 3, puto atrelado.
Notava-se a ansiedade dela. Principalmente no frio que dizia ter, no sono que queria dormir.
Na escola, à espera da educadora, só me disse que os meninos cantavam mal.

Na sala dela não me largava as pernas. Os outros meninos estavam em cima do meu catraio. Deviam pensar que era um nenuco novo para eles brincarem...
Depois de uns minutos por lá e de um café delicioso e imaginário, disse que me ia embora. Colou-se a mim. Quis pintar. Pintou. Voltei a tentar uma despedida. Agarrou-se ao meu pescoço. A M. sugeriu irmos para o parque. Já cá fora foi para o baloiço e aceitou a minha despedida. Um beijinho e um abraço muito apertado, deixei-a a sorrir. Eu e ela.
Soube mais tarde que se tinha portado lindamente. Que tinha comido muito bem, que ainda não se aproxima muito das outras crianças mas que já brinca e que andou de mão dada com uma nova amiguinha.
Hoje estava ansiosa. Fui eu e o pai levá-la e mal entrou quis logo ir para a mesa das experiências e beijinhos e até logo.

Eu, num ataque de curiosidade, fui espreitá-la na hora do pós almoço, e ela andava toda contente a brincar com duas meninas.
Agora já durmo muito mais descansada.


sexta-feira, setembro 12, 2008

Apesar

dos meus receios, a semana passou e com resultado positivo.
O moço tem dias que lhe dá a macacoa e passa quase toda a tarde a chorar, só acalmando na hora que me vê. Ontem alterámos o sistema e ele foi ao meu local de trabalho mamar. Hoje voltamos a fazê-lo mas deu-lhe a pancada depois disso.
Resolvemos começar a dar-lhe a papa na segunda-feira.
Acho-o demasiado esfomeado, sempre a olhar para o que nós comemos. Hoje o Jorge deu-lhe uma pêra cozida e o puto comeu-a em 2 tempos e ainda ficou a olhar para o prato... temos comilão.

A rapariga começa a escolinha no dia 17. Até me dá um aperto só de pensar.
Na quarta-feira despedi-me dela com beijinho beijinho, até já, porta-te bem, e eu já no carro pronta a seguir, e vem ela a correr e a chorar e a chamar por mim. Queria mais beijinhos e queria vir comigo e mãe não vás. Se é assim nos dias que fica na avó, imagino nos dias que fica na escola.
Xô pessimismo. Vai ficar por lá na maior. Só me diz que vai ter um bocadinho de vergonha mas que depois vai falar para os meninos. Espero que sim, meu amor, espero que sim.

O meu trabalhinho novo está a correr muito bem. Pela pequena amostra que tive, já achava que ia gostar. Mas estou a amar. É certo que só a partir de segunda-feira é que vai ser a doer, mas esta semana já deu para preparar tudo.

Obrigada Luzinha pela oferta da máquina, mas desisti da ideia. Ou sou eu que sou neca ou é a máquina que não presta, mas não me identifico nadinha com aquilo e não devo saber como ela funciona. Ontem, ao fim de alguns minutos, já tinha o peito dorido e quase a sangrar. Que se lixe o negócio. O puto vai comer comidinha ao lanche e nas outras refeições dou-lhe mama. Sempre dá mais gosto ser vaquinha para uma boca...

segunda-feira, setembro 08, 2008

E a nova vida

começou hoje.
A manhã correu melhor do que eu estava à espera. O rapaz é uma incerteza. Tanto chora e barafusta como ri e fica sossegado.
Levantei-me às 9h com ele a pedir mama. Adormeceu. Fui tomar o pequeno almoço e aparece-me a Inês ao colo do pai. Preparo o dela que entretanto foi acompanhar o papá até ao carro. Pelo meio vou preparando a sopa dela. Mexe aqui, mexe acolá, e já são 11 horas. O almoço meio adiantado, acorda o puto. Mama novamente. Almoço no tacho, banho para mim. Puto na espreguiçadeira,
filha na televisão, mãe na banheira.
Almoço na mesa, começa ele a resmungar. Molhei-lhe um cantinho da chupeta na sopa da mana. Gostou e adormeceu.
Cozinha arrumada, filhos no carro, combinei com os meus pais num cafézito perto de ambos para custar menos a separação.
Lá ficaram todos contentes, ela com um chupa ele no colo da avó.
Apesar de tudo, custou. Custa sempre não é? Ia pensando neles mas mantive-me sempre ocupada.

Segundo informações dos meus pais, passaram muito bem a tarde.
Em relação à amamentação, detesto tirar leite com a bomba. Talvez por ser manual. Cansa-me imenso. Caso não consiga tirar o suficiente vai o rapaz ao meu emprego e come por lá. Prefiro.

Chegamos a casa por volta das 20h, demos banhos, demos jantares. Agora são 22h e dormem os dois. Lindos.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Manos ao acordar

Tic - Tac

Começou a contagem decrescente.
Na segunda feira começo a trabalhar. Para já apenas de tarde, das 14 às 19.
E ao ver essa realidade aqui tão perto, dá-me uma tristeza tão grande. Sei que ele fica muito bem. Vai para a minha mãe. Sei que até vou gostar daquelas horas onde vou estar ocupada, mas vai faltar-me algo.

E depois há também a minha princesa que vai entrar para a escolinha. Começa no dia 17. Não quero pensar muito nisso para já e quero deixar andar.

A verdade é que a vida é mesmo assim.

domingo, agosto 31, 2008

qualquer coisa de fenomenal na forma como um bebé olha a mãe, pelo menos na forma como o meu me olha.
Não tem explicação.
É o amor na sua forma mais pura.

Há 1 ano atrás

soubemos.
Acho que nunca vou esquecer.
Os 3 na casa de banho a olhar para aquela "caneta". As duas risquinhas a aparecerem.
Tão bom.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Gostar das férias

Ontem tive(mos) a brilhante ideia de andar de comboio. Os 4. Ela nunca tinha andado e já nos tinha pedido várias vezes. Afinal as férias servem para fazer coisas que normalmente não se fazem durante o ano. Lá fomos. A viagem foi até ao Porto, uns 50 km em distância e 1h30 em tempo...
A viagem de ida foi "divertida", palavras dela, que não parou de saltitar. Mas depois de pararmos umas 10 vezes, sim porque aquele comboio parava em todas, dizia que já estava farta.
Finalmente o destino, uma ida à Ribeira e um geladinho como prémio.
No regresso, o catraio já devia estar fartinho daquilo e exigiu colo. Ela continuava aos saltos e nós só pensávamos na próxima hora e meia com um puto a choramingar e com uma piolha eléctrica.
Toca a meter o puto na mama, o que fez com que se acalmasse um bocadito. Ela foi para o colo do pai, porque, tal como nós, umas 500 pessoas se lembraram do mesmo e ainda por cima quase todas da nossa terra... sortinha a nossa.

A meio da viagem ou talvez um pouco mais ela pergunta-nos:
- Mãe, no comboio há casa de banho para eu fazer caca?
- Não filha, não há! (???)
- Ups, não faz mal. Já fiz!

Claro que toda a gente que estava à nossa volta se riu e a mim deu-me um ataque de riso.
Por acaso não era verdade.

quinta-feira, julho 31, 2008

Há dias bons

Hoje começam oficialmente as minhas férias. Durante este mês andei na minha nova ocupação / trabalho / passar tempo (não sei bem o que lhe chamar...). Terminei hoje para recomeçar em Setembro. Ando contente.

O puto já fez 3 meses (há tanto tempo. Desnaturada). Foi no dia 16 e recordo esse dia como o dia da primeira gargalhada. Daquele riso a dobrar. Porque lhe fiz "brrrrr" na barriga. E ele gostou. Depois disso já o fez imensas vezes.
Hoje, enquanto a irmã fazia palhaçadas com as toalhitas dele, ele estava no meu colo de barriga para baixo. Inicialmente pensei que ele estava a tossir. Mas ela disse-me que era ele a rir-se. Levantei-o e disse-lhe para ela repetir a macacada. Constava em levantar as toalhitas e cantar não sei o quê com os braços no ar. Ele alagou-se novamente, e mais uma e mais outra vez. Assim, do nada.

Não gostei foi da pergunta que ela me fez depois, mais tarde. Se íamos morrer todos. Se a avó e ela. Estas perguntas não são numa idade mais avançada? Considerando que não houve mortes na família ou recentes, não consegui entender. Mas não gostei. Tenho que me preparar para as questões difíceis.

Na segunda feira, fomos, eu, ela e a madrinha (minha irmã) à futura escolinha dela. Conhecer a educadora. Gostei dela. Ficou combinado a Inês começar no dia 17 de Setembro às 9 horas. Na salinha, agarrou-se aos puzzles e a um quadro magnético e quis ficar um bocadinho. Mas eu não podia sair dali e estava constantemente a olhar para mim ou a chamar-me. Ficamos um pouco e espero que a adaptação corra bem. Pela pequena amostra, acho que sim.

segunda-feira, julho 14, 2008

É impressionante

como a nossa vida pode mudar com pequenas coisas. Ou de um momento para outro.
Mudou quando tivemos a nossa filha. Mudámos como casal para passar a sermos pais. Deixamos de ser 2 para passar a sermos 3.
E eu gosto dessas mudanças, desse aumentar das responsabilidades, de ter mais trabalho e ter que me dividir por mais pessoas.
E logo após o nascimento delA eu soube que queria ter outrA. E pensei sempre em ter uma menina. Outra. Para aproveitar as roupitas, para serem cúmplices um dia mais tarde, para serem as melhores amigas, para sairem comigo.
Mas calhou-me um rapaz. (outro...). E tudo mudou. Deixei de pensar em como seria ter outra menina para passar a pensar que não conseguia ver-me sem ele.

Há uns meses tive péssimas notícias em relação ao meu actual trabalho. Estas notícias levam-nos a pensar e repensar muitas atitudes. Não sabia o que iria passar-se após as férias. Nem andava para me chatear com isso.
Há umas semanas e por casualidade, tive boas notícias que podem mudar um pouco a minha vida. Não posso falar para já no que vai acontecer, mas queria partilhar um momento bom.

E sim, Estrelinha, está tudo óptimo. Estamos todos. Só tenho pena de não te poder espreitar. Um beijo grande e muitos para os teus meninos.


quarta-feira, julho 02, 2008

Eu tenho

uns filhos que são uns anjos. É que só pode.
E penso muitas vezes que, se a vida nem sempre corre como eu gostaria que corresse, se surgem alguns problemas difíceis de resolver, a coisa é compensada com filhos maravilhosos.
O mais pequeno, mesmo com fome, quase não chora. Faz uns barulhinhos, um pedinchar. Durante o dia continua a fazer intervalos de 3 horas, mas durante a noite... bem, é impressionante. Como é que um ser tão pequeno sabe que são horas de dormir? Geralmente por volta das 21 começa a ficar mais resmungão. É nesta hora que se ouve o choro dele. Não desesperante, mas sonoro. Mal o deitamos no muda, a cara ri-se. Metido na água é uma alegria. Já se mexe imenso e já consegue levantar o rabo fazendo força nas pernas. Mas é todo sorrisos. Gosta do pós banho. Dos cremes cheirosos, das massagens. Não gosta do vestir. No final, hora do leitinho. Mama até não poder mais. Deito-o na caminha dele, dou-lhe a chupeta, coloco-lhe um boneco felpudo junto à cara e lá fica. E isto até às 6 ou 7 da manhã. Por vezes nem acredito. Até olho o relógio 2 vezes.

A mana continua a melhor amiga. Adora mexer-lhe na pilinha e nos tomatinhos... Tento que não o faça muitas vezes mas como me vê a limpá-lo também quer fazer o mesmo. Ajuda imenso, gosta de escolher a roupa dele. Está sempre a dar-lhe beijos e é por ele que pergunta mal acorda. Quando vê alguém novo mostra logo o "meu mano". Chama-o de príncipe. E de filho. E diz que ela e ele são os nossos amores. Não se deita sem o beijar.

Melhor do que ter um filho é ter dois (ou 3...).

sexta-feira, junho 27, 2008

Amamentação

Tal como da Inês, é um prazer amamentar.
Ele é um mamão. Durante o dia, talvez devido ao calor, não sei, não aguenta muito mais do que 2 ou 2h30. As mamadas não duram muito para ele chega-lhe 10 minutos, ao contrário dela que por vezes até demorava 30.
Tem uma mama preferida, a esquerda. Quando está com muita fome e eu lhe dou a direita, mama esfomeado mas sempre a resmungar e acaba por chorar. Dou-lhe a esquerda e é vê-lo consolado e sossegado.
Arrota imenso. E entre mamadas. E mesmo passados uns valentes minutos ele ainda arrota.
Com ela era um Deus me livre. Levantava-a, levantava-me, passeava, e mesmo assim havia altura que a deitava sem arrotar.
Ele não tem cólicas!!! E isto sim é uma maravilha. Ela tinha-as e chorava imenso durante muito tempo, antes de dormir, mas por vezes até durante o dia.
Era ela para um lado e eu para outro, ambas a chorar.
Um segundo filho traz-nos também mais tranquilidade. Não desespero ao menor sinal do que quer que seja.
Não choro, não stresso, poucas vezes me chateio. Ando tranquila, feliz da vida. É um prazer olhar para ele. Já começa a rir-se quando está na mama e dá-me uma vontade quase incontrolável de o comer. Aqueles sorrisos, embora tímidos, são o meu sol.
Espero continuar a amamentá-lo e conseguir fazê-lo muito mais tempo.

Vi e não resisti

TOURO -O Resistente.

Que encanta mas agressivo. Pode parecer como enfadonhos, mas não são. Trabalhadores duros. Amável. Forte. Tem resistência. Seres sólidos e estáveis e seguros dos modos deles. Não procuram atalhos. Orgulhosos da beleza deles. Pacientes e seguros. Fazem grandes amigos e dão bons conselhos. Bom coração. Amam Profundamente. Expressam-se emocionalmente. Propenso a temperamento-acessos de raiva ferozes. Determinado. Cedem aos seus desejos frequentemente. Muito generoso.

Cá em casa somos dois (duas) Tourinhos. Será que me devo preocupar?

quarta-feira, junho 11, 2008

Quase

2 meses se passaram e é impressionante o quanto cresceste e mudaste. Ao nascer parecias um coelhinho esfomeado. Agora já tens umas bochechas lindas e 2 barbelas. Já te ris imenso e fazes uma covinha linda. Continuas muito sossegado. As cólicas raramente aparecem e quando o fazem duram pouco tempo. Também és um valente porque pouco choras. Neste momento, a tua irmã anda muito mais chorona. Os terrible two atrasaram-se 1 ano... Está numa fase muito má, muito mimalha, ninguém lhe pode dizer nada. Eu tento compreender, mas a paciência por vezes esgota-se e levanto a voz. Arrependo-me logo mas tarde demais. Já estás a chorar e só me dá vontade de te dar estalos. Não dou, controlo-me. Tadinha da minha menina.
Também sozinha em casa com os dois, por vezes é saturante.
Acordar (acordarem-me), dar a maminha a um, a outra a pedir o leitinho, a
pedir para ir à casa de banho, eu a dizer-lhe para esperar, mas o xixi já está quase a sair, tirar a mama, levá-la, o pequeno começar a chorar com fome, tirá-la da sanita, mama na boca outra vez, e o meu leitinho, mãe... muito stress.
Muito bom!

terça-feira, maio 20, 2008

Imagens

Olho para eles e vejo muita ternura. Vejo dois irmãos que eu espero sejam muito amigos.
É certo que por vezes ela tenta agarrar-lhe as mãos e fazer com que ele lhe agarre os dedos. Mas ele já lhe responde e retira a mão todo chateado.

Ainda hoje de manhã, ele estava no meu colo e ela estava sentada ao nosso lado. Ele ao mexer os pés deu-lhe um pontapé, quer dizer, tocou-lhe na perna. Ela não tem mais.

Mãe o Rui deu-me um pontapé. Anda cá que agora vou-te dar também um...

Curtas

Eu deitada na cama a dar-lhe a maminha.
Ela quase em cima de mim para o espreitar.
Mando-a sair dali.
Desce da cama, contorna-a e fica de pé. Diz-me:
Mãe, posso-me sentar neste banco pequenino onde tu guardas as cuecas e as meias?

sexta-feira, maio 16, 2008

UM mês

de amor, de alegrias, de noites mal dormidas, de sorrisos, de lágrimas, de beijos, de mimos, de colos.
Um mês de ti, de nós.
Parabéns meu pequenino.

quinta-feira, maio 15, 2008

Ontem à noite,

uns minutos após as 23 h, fui ao teu quarto dar-te um beijo. Faço-o sempre. Gosto de te ver ali deitada, num sono descansado e gosto te dar beijos e desejar-te o melhor do mundo.
Mas ontem estavas acordada. O teu pai, com quem tens adormecido, já dormia e tu estavas encostada a ele. Talvez a olhá-lo, não sei, porque mal ouviste os meus passos levantaste a cabeça. E perguntaste-me o que estava eu ali a fazer. Disse-te que tinha ido lá para te dar uma beijoca de boa noite.
Pediste-me para ir para a minha cama, mas disse-te que era melhor ficares ali com o papá, porque no meu quarto já estava o mano e ele durante a noite podia chorar. Disseste que sim, que ficavas, que não fazia mal e agarraste-te ao meu pescoço gosto muito de ti mamã.
Passado pouco tempo ouvi-te chorar e dizer que querias dormir comigo. Não aguentei. Levantei-me e entrei novamente no teu quarto. Um sorriso esperava-me. Peguei em ti e deitei-te na minha cama. O mano dormia no berço. Abraçaste-me e deste-me muitos beijinhos.
Apesar de quase não ter dormido, entre mamadas e pontapés teus, hoje sinto-me bem. Muito leve, com muito amor.
AInda bem que te fui buscar.
És uma menina muito especial, és a minha menina, o meu raio de sol.


segunda-feira, maio 12, 2008

Considero-me

uma pessoa cheia de sorte. Nestas últimas semanas tenho vivido momentos e sensações muito boas mas ao mesmo tempo têm surgido notícias que me abalam um pouco.
O nascimento do meu filho, um momento único na minha vida. Olho para ele e vejo 3 semanas quase 4 que passaram a voar. Ele é um bébé calmo, raramente o ouvimos chorar, excepto 1 ou 2 dias em que apareceram as malditas cólicas e em que esteve quase todo o dia a lamentar-se. Acho-o engraçado e um valente porque nota-se que não quer chorar. Encolhe-se todo e resmunga. Outra faceta dele muito interessante. Passa a maior parte do dia a resmungar. Mesmo a dormir faz uns ruídos que parece que não está contente... É giro e até agora muito mais calmo que a irmã. Durante a noite já faz uns soninhos de 4 horas nos dias bons e de 3 nos menos bons. De dia aguenta-se 2 a 2h30. Já não quer dormir tanto e gosta muito de colinho. Nós também gostamos muito de dar.
A mana surpreendeu toda a gente. Aceitou-o muito bem, está sempre a fazer-lhe miminhos e a dar beijinhos. Gosta muito de ajudar a mudar-lhe a fralda e quer sempre ver a cor do cócó. Compara-o com ela quando "eu fui assim pequenina, sabes também fazia...". Quando ele choraminga avisa-nos e corre logo para o sítio onde ela está. Tenta quase à força meter-lhe a chupeta, coisa que ele rejeita. Canta-lhe. Muitas vezes e sempre a mesma canção:
O porquinho foi à horta e comeu uma bolota

E o cão também quis ir mas fecharam-lhe a casota
É bem feito porque o cão tem a mania de ser espertalhão.
Ele gosta! Ou pelo menos fica calado com aqueles olhinhos bem abertos.

Está muito mais mimalha e muito chorona. A ponto de, se deixar cair água na roupa ou no chão, começa logo a querer chorar e a pedir desculpa.
Fico sempre a pensar se não terei sido eu a exagerar em alguma situação destas, a exigir-lhe demasiado. Ela ainda é tão pequenina.
Mas também a paciência tem limites e digamos que o acordar algumas poucas vezes durante a noite também me põem mais rabugenta. Eu não quero ralhar-lhe e arrependo-me quando o faço mas quando sai já está. Mas ela é tão linda e tão amiga, tão meiguinha. Tento dar-lhe toda a atenção que ela precisa mas tenho muito medo de lhe estar a faltar com outras coisas. Tenho que deixar que o tempo também me ajude.
Mas como quando está tudo a correr muito bem há-de sempre aparecer uma porcaria para nos lixar, comigo também não é excepção. Soube há uns dias atrás que a empresa onde trabalho está a passar por um mau bocado. Sei que a situação pode ser provisória ou não. A verificar-se a segunda opção, em Setembro estarei desempregada.
Não vou penar nisso para já, até porque ainda falta muito tempo, mas que não está favorável, isso não.
Vou vivendo um dia de cada vez e aproveitar ao máximo a fantástica família e vida que tenho. Tudo se resolve.


segunda-feira, abril 28, 2008

quinta-feira, abril 24, 2008

Hoje,

uma semana e um dia depois de nasceres, caiu-te o cordão.

Hoje, uma semana e um dia depois de nasceres, foste pesado e para surpresa de todos, estás com 2.440Kgs, o que significa um aumento de 340Grs e cresceste 3 cm.

quarta-feira, abril 23, 2008

Do Parto - O DIA

Faz hoje uma semana que te juntaste a nós. Dia 16 de Abril pelas 15H15.

Mas na realidade a tua chegada começou um dia antes, dia 15.
Já tinha combinado com o meu médico uma ida à urgência onde ele estava de serviço. Era apenas para avaliar a minha situação. Estava ansiosa e na verdade pensei que era naquele dia. Tínhamos tudo programado para que assim fosse. Na noite anterior já nos tínhamos despedido da Inês, falado com ela sobre a eventualidade de eu ficar no hospital. Eu já tinha chorado as saudades que ia ter.
Chegados ao hospital, sou examinada e tudo ainda muito atrasado. Para hoje nem pensar. Vá, salte, ande e volte no Sábado.
Com a desilusão estampada nos rostos lá viemos. Limitamo-nos a pensar que era melhor assim. Ele ia sair quando estivesse preparado.
Demos uma volta, compramos umas coisitas e viemos para casa.
Nessa tarde comecei a sentir umas contracções não dolorosas e bastante espaçadas. Como pessoa relaxada que sou, deixei andar. Afinal não custavam assim tanto.
Ao deitar continuava-as a sentir mas agora acompanhadas com um pouco de dor. Mas naquele momento queria era dormir. Ou namorar... E assim fiz(emos) (esta parte tem que ficar registada pois vai ficar na história).

Ao levantar... ao levantar isso sim já quase não me podia mexer quando elas vinham.
Apesar de ser o meu segundo filho, posso dizer que nunca tinho sentido aquelas dores. Da Inês não senti nunca contracções. Nem sabia o que eram.
E continuei relaxada apesar de me custar bastante o momento de elas aparecerem.
Fiz as camas, dei um jeito à casa, comecei a preparar o almoço. Mandei uma mensagem à minha mãe a dizer para aparecer em casa, mas não mencionei nada. Quando ela chegou assustou-se um bocado com o meu estado. Nessa hora elas já vinham de 5 em 5 minutos. Liguei ao Jorge para vir para casa que não me estava a sentir muito bem. Já tinha tentado falar com o meu médico mas o telemóvel estava desligado.
Aproveitei para tomar um banho e vesti-me. Entretanto o Jorge chegou e seguimos para o hospital. Agora surge a dúvida: o meu hospital é o de Guimarães mas o meu médico sempre me disse para ir para o de Braga. Mas ele não estava de serviço e não atendendo o telefone não me ia adiantar de nada. Siga para Guimarães que é mais perto. Cheguei lá e na triagem mandaram-me para o piso da maternidade. Ao dirigir-me para a porta toca o meu telemóvel. Era o meu médico. Disse-lhe o que se estava a passar e ele aconselhou-me ir para Braga. Mas se já estão de 5 em 5 minutos talvez seja melhor ficar em Guimarães... mas não! Venha imediatamente para Braga.

E assim fizemos. A viagem deve ter durado uns 15 minutos, não sei bem, mas torci-me toda com dores umas 3 vezes. O Jorge nem dizia nada.
Fui a pé para o hospital e não demoraram mais que 5 minutos a atenderem-me.
7 dedos de dilatação (???), quase pronta para ter o seu filho. Despi-me e dirigi-me para a sala de partos já com a bata, deitei-me e deixaram-me lá sozinha não sei por quanto tempo. A mim pareceu-me uma eternidade. As dores vinham com muita mais intensidade e muito menos espaçadas. Eu olhava para a porta, tentava mexer-me, virava-me para um lado, para o outro, a dor desaparecia e eu relaxava. Isto sistematicamente, umas 5 ou 10 vezes, nem sei.
Entra o Jorge e os enfermeiros e eu peço a epidural. Dilatação completa, é um erro, não queira. Mas quero e mais vale uma mãe relaxada do que uma stressada a pensar na anestesia. Vem a médica e eu preparo-me para a receber. Tenho que estar sentada e quieta. E isso é possível? É pois.
Para dizer a verdade não sei se levei ou não epidural. Sei que fui picada, isso senti, mas não me lembro daquele frio que senti da Inês e as dores continuavam. E a conversa delas... pôs-me a duvidar.
"A Srª. enfermeira fez um trabalho exemplar. Não, a Srª. doutora é que fez um óptimo trabalho. Nada disso. Quem se portou bem foi a mãe. Até já está com melhor cara. (e eu a queixar-me com dores). Mas elas já vão passar, vai ver. A mãe é que se porta bem. Até já foi levada e tudo (???)".

Rebentam-me as águas e dizem-me que estou pronta. Perguntam se quero o meu marido ali, e o que eu sempre pensei e sempre disse desvanece-se naquele momento. Sim quero-o ao meu lado. Ele responde a mesma coisa a uma enfermeira e entra. Eu ali deitada, ele ao meu lado, todos à minha volta.
Até que me dizem para fazer força, mas as dores que eu sentia nem me deixavam pensar. O Jorge dava-me beijos e eu fiz. E senti-lo a descer, e senti-lo ali, é qualquer coisa de indescritível, uma sensação tão, tão... neste momento faltam-me palavras.
Deixaram-no assim por uns momentos, eu a sofrer, a dizer que não aguentava, senti-lo ali e não poder fazer nada, até que me mandaram fazer força novamente e eu puxei, não sei onde fui buscar aquela vontade e ele saiu.
E eu não vi mais nada, só o meu pequenino. Sim, realmente pequenino, com apenas 2.100 Kgs. Mas perfeito e com saúde, o peso foi apenas um problema da minha placenta que deixou de o alimentar. Por isso decidiu sair.
São quinze horas e quinze minutos. Não houve episiotomia, nem pontos. Que bom!
Depois de o pesarem e medirem trazem-mo para mamar. E o pobre vinha esfomeado. Agarrou-se sôfrego à maminha e nós, pais babados, a deleitar-nos com ele ali, tão nosso.
Só me lembro de sentir uma paz, uma alegria, um amor a crescer cada vez mais.

Se considerar a dor como factor principal, este parto foi muito mais difícil que o da Inês. Mas foi mais real, vivido muito mais intensamente porque o senti a sair de mim, e isso não tem preço. E a presença do Jorge, que me abaraçou e beijou e me deu força, isto também não tem preço.

segunda-feira, abril 21, 2008

somos 4.
Notícia com alguns dias de atraso, mas desenrolou-se tudo tão rápido que não houve tempo sequer para pensar.
Mãe e filho estão óptimos.
E como hoje é um dia especial, o meu blogue também vai sofrer alterações. A partir de agora deixa de ser privado. As restantes vão-se fazendo.
Relato do parto, do encontro entre irmãos e outras novidades serão para breve.
Obrigada a todos.

quinta-feira, março 06, 2008

Finalmente

livre, em casa. Disponível apenas para a minha família, para a minha vida.
O Jorge até me disse ontem que eu estava mais feliz. E estou. Sem aquelas pressões e aquele ambiente que se tornou demasiado pesado. Para peso já me chega o da minha barriga. Não ando para aguentar o dos outros.
Tenho aproveitado o tempo para estar com ela. Na próxima semana tenho que me dedicar a ele, a preparar as coisinhas azuis, a minha mala. Ainda não está nada pronto. Sou uma mãe relaxada, talvez por ser segunda viagem.
E agora estava aqui a escrever e aolhar para ela, ali sentada no sofã, a brincar com o leitor de CD's novo. Tão grande, tão menina. Compramos um livro giro sobre a vinda de um irmão. Só quer esse, não se farta de ouvir a história. Diz que é o livro da Inês e do Rui. Inês menina, Rui bébé.
Por vezes penso um bocado no que será daqui a pouco mais de um mês. E assusto-me, feliz. Tudo se resolve, é o meu lema.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

News...

Apesar da ausência, está tudo bem.
Sendo esta a minha última semana no emprego, os últimos pormenores e pormaiores só são lembrados agora e quero partir e deixar a minha parte toda organizada.
Já tenho cá uma companheira, uma substituta e daí também não vir cá tantas vezes quanto as que desejo.
Em casa, pouca paciência para me sentar em frente ao computador. E também mal me sento vem logo uma pestinha para o meu colo pedir música ou bonecos.
Prefiro aproveitar o meu pouco tempo com ela.
A partir de segunda feira estarei disponível a 100% para dar e receber mimos, para escrever e ler coisas lindas. Lindas será mais para ver...
O embutido está mais mexerico, mas continua a dizer que uma segunda gravidez é vivida de forma completamente diferente. No meu caso, acho que pouco ligo. É o meu filho mas sei que será O MEU FILHO quando nascer. Até lá gozo os bons momentos que me proporciona, os movimentos, os pontapés. A barriga está maior, muito maior. Gorducho...
Eu sinto-me bem mas já chego ao fim do dia de rastos. As pernas já começam a inchar um pouco, as mãos adormecem e a direita está com uma tendinite. Já da Inês aconteceu o mesmo.
A maternida de é deliciosa e eu adoro estar grávida. Ainda consigo pegar na minha princesa ao colo e rodopiar com ela e dançar. Só não dou cambalhotas porque não me deixam. Digo muitas vezes, e sinto-o, que o mais importante é estarmos bem connosco, sentirmo-nos bem. E eu sinto-me e sou uma felizarda.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Tenho

andado farta, sem paciência.
No trabalho ninguém se resolve. Já avisei umas quantas vezes que em meados de Fevereiro pretendia ir para casa e não ligam nenhuma. Foi feita uma entrevista mas a pessoa em causa recusou o emprego. Não consigo entender. E deixam-se ficar à sombra da bananeira talvez à espera que caia alguma. Ou então que a lorpa vá ficando e vá fazendo tudo, como é me(a)u hábito.
Por muito que me custe a minha decisão está tomada. Já brincaram demasiado com a minha pessoa para eu deixar que o façam novamente.
Até porque ainda não tenho nada feito ou adiantado em relação ao nascimento. Tenho as roupinhas para lavar e algumas compras para fazer. O tempo não chega para tudo. Quero ficar em casa relaxada e pensar apenas nele, no filho. A filha acompanha-me. Sempre.
Tenho o quarto dele para preparar. Ainda nem está pensado.
Quero ter tempo para mim, para a minha família.
Quero interiorizar que daqui a 2/3 meses seremos quatro em casa.
Quero pensar na Inês, no como vai ser. No encontro entre manos, neles os dois, nos meus filhos.

terça-feira, janeiro 22, 2008

A minha filha tem jeito

Sempre que me vê a vestir a cinta pergunta para que é.
Digo-lhe que é para segurar e para aquecer o mano.
Fica a olhar enquanto acabo a minha vestimenta e no final diz-me que estou gorda...
Fico a olhar para ela e remata logo a seguir.
Não te preocupes, só estás gorda na barriga!

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Contrariamente

ao que tem acontecido nos últimos dias em que é ela que vem para a minha cama e me acorda, hoje estava consolada a dormir.
Embrulhada nos lençóis, toda atravessada na cama, quentinha como um rojãozinho e soltando uns roncos valentes.
Tentei acordá-la com beijos mas o sono era mais forte. Abri a janela, deitei-me, mexi-lhe no cabelo. Nem abria os olhos. Peguei nela, sempre a dormitar encostada ao meu ombro e sentei-a na minha cama. Dei-lhe o leite que bebeu quase a dormir.
Enquanto me vestia, pousou o biberon e deitou-se.
Veio em pijama. Podia ser que voltasse a dormir na casa da avó.
Já no carro disse-me que tinha sono.
Respondi-lhe:
- Dormes na cama do "bu".
- Não quero. Posso dormir aqui?
- Aqui não porque já estamos a chegar. Depois dormes com ele.
- Pode ser...

terça-feira, janeiro 15, 2008

Por cá

tudo bem.
Muito trabalho, pouco tempo.
Em breve terei uma companheira para me substituir. Aí poderei descansar, mais não seja acalmar. Penso ficar a trabalhar mais 1 mês e depois vir para casa.
Para o piolho embutido ainda não tenho nada. Realmente é verdade que uma 2ª. gravidez se leva mais na calma. Penso sempre que ainda falta muito.
Ele é um mexerico de primeira. A Inês também mexia bastante mas principalmente à noite, ao deitar. Este é de manhã. Começa quando ainda estou na cama, aumenta depois do pequeno almoço e vai dançando sempre. É bom senti-lo assim, vivaço, cheio de genica.
Já estou com gestos de grávida, a mãozinha lá vai pousando na barriga. É das sensações que mais gosto de sentir e que sei que vou ter saudades.
Com alguma mas pouca insitência, lá conseguimos convencer a piolha maior a adormecer com o pai. Já não refila, apenas me pede para a ir cobrir e dar-lhe um beijo. A história é escolhida por mim.
Não tem acordado durante a noite. Quando acontece já é quase dia, sai da cama e vem ter connosco ao quarto. Chega de mãos esticadas a apalpar terreno e diz-me que está escuro. Pego nela e deito-a ao meu lado. Momento bom do dia. Estar rodeada de braços, ser abraçada e abraçar os meus amores.
Ainda dormita um bom bocado enquanto eu trato das coisas.
Esta minha filha é um doce.
Adoro comer aquele pescocinho bom.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Um dia

destes ao final do dia, pedi ao Jorge para me tirar as meias. A barriga cresce e já custa dobrar.
Hoje de manhã estávamos as duas em casa. Ela já estava pronta mas eu ainda me estava a vestir.
Peguei numas meias e numas cuequitas para vestir mas deixei-as em cima da cama. Ela andava a passear pelo quarto ams quando as viu pousadas veio a correr para mim, pegou nelas e disse-me:
- Mãe, eu ajudo a vestir!

quarta-feira, janeiro 02, 2008

O teu nome...

É sabido por muita gente que gostávamos de ter uma menina. Ela nasceu e foi (e ainda é) uma princesa, muito sossegada, muito carinhosa, um amor de menina.
Num segundo filho há sempre aquelas opiniões em que como já temos uma menina um menino vinha mesmo a calhar. Nós não pensávamos bem assim e adorávamos ter outra menina, até porque há uma maior cumplicidade entre irmãs, pelo menos na idade da parvalheira: a partilha de segredos, a ajuda mútua...
Mas desde que soubemos desta gravidez que a Inês pedia um irmão. E chateava-se toda quando lhe dizíamos que podia ser uma menina. Chorava mesmo. E disse sempre que queria que ele se chamasse Rui Neto. Não sabemos onde foi desencantar este nome até porque não temos nenhum amigo chegado que se chame Rui e o Neto então é melhor nem falar.
O certo é que ainda não nos tínhamos debruçado sobre o tema. Havia alguns nomes em cima da mesa, mas nenhum que "batesse". Quando nos perguntavam se já tínhamos escolhido o nome, ela respondia que ainda não estava decidido.
Até ela o ter feito, ainda que inconscientemente.
Um dos dias apareceu-nos ao quarto, já de manhã, mas cedo. Deitou-se no nosso meio e voltou a adormecer.
Ainda a dormir, portanto a sonhar, disse: O meu irmão é Rui, só Rui!
Depois disto ficou difícil não adoptar esse nome para o nosso filhote. Ficou Rui Miguel.