Anda muito autoritária e muito senhora de si. Acho-lhe piada. Tem uma personalidade muito forte. É muito dona do seu nariz.
Não vai em cantigas. Quando diz não é mesmo não. Quando quer uma bolacha daquelas não pode ser das outras. Quando quer a mãe não quer o pai...
Torna-se complicado gerir as coisas assim, porque nem sempre temos exactamente aquilo / aquele que ela quer.
Começou a fase das birras. Ai meu Deus, ontem até lha dava uma palmada mas abracei-a e ela acalmou. Num supermercado embirrou que queria uma banana. Mas eu tinha que ir pesar a dita, pagar, voltar a entrar, dar-lha e retomar as minhas comprinhas. Ainda não perdi de vez a minha cabecinha e ofereci-lhe uma bolacha, um bolo, um chocolate. Não, uma banana! Amuou, chorou, lágrimas grossas de quem está mesmo sentido. Peguei nela e abracei-a. Falei com ela e pedi-lhe para não chorar mais. Acalmou.
Coisa rápida porque começou a pedir uma batata-frita. Não pode ser. Mas afinal o que é isto? Uma criatura deste tamanhinho a levar-nos ao limite, o Jo já a passar-se a dizer que ia para o carro com ela, calma aí, como é? Ela não pode fazer ou ter o que quer.
Passou-lhe. Como veio, foi. Pancadas? Todos temos.
Hoje ao almoço pediu água. No copito dela, sim porque ela já é uma menina grande e não quer água no biberon, e bebeu-o todo de rajada. Engasgou-se e pediu mais. O pai disse-lhe para ter cuidado para beber devagar e ela virou-se para ele, com cara de poucos amigos e com o dedo apontado e disse calou...
Não sei se ria não sei se chore...
Mas comigo é igual. Inês apanha isso que deitaste ao chão. Ó mãe, apanha tu! Mas não pensem que é dito de forma brusca. Nada disso.`É dito de uma forma tão meiguinha, com um inclinar de cabeça e por vezes até um biquinho lindo que até é difícil não fazer o que ela diz.