quarta-feira, novembro 29, 2006

19 Meses

Tanto tempo e tão pouco...
Falas, falas, falas... Agora já dizes tantas palavras que lhes perdi a conta. Enches-nos os dias de palavras engraçadas, lhua (lua), lhuz (luz), pateta (chupeta), colho (colo), titieta (bicicleta) e muitas outras!
Comer dá-te gozo. Adoras peixe, carne, arroz, batata e sopa. Numa só palavra (em duas), adoras comer.
Adormecer já não é tão complicado, mas NUNCA sozinha. Tem que estar sempre alguém deitado ao teu lado. Raramente acordas durante a noite, e quando o fazes é apenas para pedir um miminho extra.
És uma menina linda, cheia de dentes (14), de cabelo liso e fino, de muitos sorrisos e algumas birras.
Gostas muito de música e começas a prestar mais atenção à televisão. Adoras o Noddy. Brincamos, passeamos, conversamos (ainda não te entendo completamente, mas faço um esforço).
Enches-nos a vida de alegria, de trabalho, de espanto. Dás-nos sorrisos e mimos, beijinhos e abraços. És muito divertida e bem disposta. És feliz e isso é tão bom que tudo o resto não importa.
Estás tão crescida, filha!

Ontem com o avô

Estavam os dois sentados no sofá.
O meu meu pai estava a ver televisão e ela estava a brincar com o bébé dela.
De repente ela levantou-se, subiu para o colo dele, agarrou-lhe a cara com as duas mãos virando-a para ela e deu-lhe um beijo.

terça-feira, novembro 28, 2006

Estamos quase no Natal

As montras já estão todas enfeitadas, as ruas cheias de luzinhas, já se vêem alguns pais Natal.
Ontem a Inês descobriu uma casa vizinha com luzinhas a piscar. Colou-se literalmente à janela da cozinha e estava deslumbrada a olhar para a casa e sempre a dizer: "lhuz", "fêta".
Os nossos planos eram fazer a árvore de Natal na próxima sexta feira, mas perante tal entusiasmo, antecipamos a montagem.
Toca a carregar o material. A árvore numa caixa e os enfeites noutra. Começamos por montar a árvore. A Inês não estava a ligar nenhuma. Andava às voltas das caixas (isto sim é diferente!!).
Depois as fitas, as bolas e por fim as luzes. Ela estava quase dentro de uma caixa a tentar pegar num bocado de fita, ou sei lá bem em quê (isto sim é arriscado!!).
Apagamos as luzes da sala e ligamos as do pinheirinho. As caixas tiveram que ser arrumadas, caso contrário não tinhamos público... Nesse momento a expressão mudou, e aí sim: "lhuz", "fêta".
Hoje ao acordar a primeira coisa que perguntou foi pela festa...

sexta-feira, novembro 24, 2006

Ontem ao almoço, a vermos uma das muitas publicidades de um hiper, na parte dos brinquedos:
Madrinha - Quem é este? (a apontar para um menino)
Inês - MininO
Madrinha - E aqui quem é? (a apontar para uma menina)
Inês - MininA

quinta-feira, novembro 23, 2006

Nem és muito de birras. Quer dizer, és daquelas tipo têm que fazer o que eu quero senão choro, de teimosa impaciente, filha e neta única, mas normalmente não ligamos e a coisa passa rápido.
Mas ontem... nem sei dizer o que tinhas ontem (dormiste demais, foi o que foi). Acordaste às 11h00, comeste, por volta das 15h00 já estavas novamente a dormir e só acordaste às 17H00.
Devias estar cansada de dormir. Querias farra.
Algum choro... Querias o pai, querias a mãe, não querias nenhum, querias ver televisão, não querias ver aquilo, querias queijo, afinal já não, querias comer mas não querias, querias abrir a porta do frigorífico, querias aquilo, e aquilo era tudo e não era nada, não querias tomar banho e depois não querias sair.
Hora de jantar. Comeste tudo sem berros, sem choros. Será que era fome?
Não!!! No fim de jantar recomeçou. Mas agora era diferente. Não paravas um minuto sempre a tentar mexer na televisão, nos comandos, nas coisas que não deves. Um berro. Inês pára! Nada disso. E corrias à volta do sofá sempre com aquele ar do eu é que sei. Estavas impossível, imparável.
Perdemos a paciência... uma palmada e um berro. Choro, muito choro. Cama.
Remédio santo. Dormiu toda a noite.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Mãezite aguda

A minha filha sofre de mãezite aguda.
Pelas pesquisas que fiz este problema tem solução. Por vezes pode demorar a passar, e o conselho que me deram é ter muita calma e paciência.
Mas afinal quem estou a tentar enganar? Eu até gosto desta fase em que ela só me quer a mim, só chama por mim, chora quando saio, pula de alegria quando me vê.
Pois, mas o problema é durante a noite.
Se há noites em que ela dorme e não acorda, outras há em que ela acorda várias vezes. O estipulado com o pai foi irmos à vez ao quarto dela quando acorda.
Acordas! Eu vou ao teu quarto, volto a dar-te a chupeta, adormeces novamente, volto para a minha cama.
Acordas! Cotovelada no pai, é a tua vez. Ele vai ao teu quarto, tu mal o vês desatas num berreiro a chamar MÃE e a dizer SAI. O pai (triste, claro) tenta acalmar-te.
Piorou! Agora começas a chorar e ainda mais alto chamas-me e dizes ao pai para sair.
Eu, rendida ao teu choro e morta de sono, levanto-me e vou ao teu quarto. O papá passa-me o testemunho, encolhe os ombros e diz ela só te quer a ti!
Deito-me com ela porque ainda está esbaforida. Chucha na boca, mão na minha cara, olhos muito abertos a olharem para mim. Eu fecho os meus e pouco tempo depois ela adormece.

Sonos

Ontem bebeste o teu leitinho por volta das 21h45.
Fomos para a caminha por volta das 22h00.
Antes das 22h30 já dormias pesado.
Hoje acordaste Às 11h00.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Coisas porcas

A minha querida mãe lembrou-se de comprar 3 DVD's do Noddy. A ideia até foi boa mas apenas até ao momento em que lhos mostraram. Agora não quer ver outra coisa e sempre que acaba 1 episódio ela diz "cabou" e se demorar a começar outro resmunga logo. Mas o mais engraçado nisto tudo é que ela não o quer ver sozinha. Tem que estar sempre com alguém. E sentadas no chão!
Ontem à noite, os 3 a ver televisão (depois de vermos umas 500 vezes o Noddy...), ela sentada no meu colo, o Jorge ao meu lado.
Ela dá um peidinho... olha para mim e diz "óh! pu"
"poca"...
(tenho que ver quem é que lhe anda a ensinar estas coisas. eu até sei..)

segunda-feira, novembro 13, 2006

As coisas que ela diz e faz...

Inês quantos anos tens?
E ela olha para nós com aquele risinho maroto, estica o indicador e o polegar (tipo pistola) e diz de rajada:
- UMA!!! (já passa um bocado de 1 ano mas também ainda não tem 2. Portanto o UMA está correcto).
Como te chamas?
- INHÊSS!!!
Agora já quer comer com o garfo. E come bem. Pelo menos nas coisas que dá para picar. Com arroz é um desastre.
Já chama por toda a gente da casa e o que dá mais piada é "MAINHA" (madrinha).
Desce sozinha de todo o lado mas ainda não consegue subir. Ela tenta, mas...
Ontem tanto tentou que tombou de cabeça. Tentou subir uma pequena escada e já não era a primeira vez que o tentava fazer. Conseguiu de todas as vezes. Ontem também conseguiu. Já no cimo da escada (que é um terraço), toca a . Mãos no chão, um pé esticado, agora o outro, o rabo empinado e... (agora vinha a parte do "OUPA") tirou as mãos do chão antes do tempo e PIMBA. Aterrou de cabeça. Mais precisamente no meio da testa. Só ficou com a marca das areias que estavam no chão. Não deve ter doído muito porque logo a seguir tentou novamente...

sexta-feira, novembro 10, 2006

(RE) ENCONTROS

O papá tem 2 dias na semana que sai muito cedo de casa (7h45) e que chega também muito tarde (1 dias às 23h45 e outro às 22h).
No dia que chega mais tarde tu já estás a dormir. Nesse dia ele não está contigo, apenas te vê na tua caminha, te dá um beijinho grande, te deseja um bom dia e mais tarde uma boa noite. Num desses dias custou-me vê-lo a olhar para ti pois vi tristeza no olhar, vi saudade, vi vontade de te acordar.
Ontem foi o dia de chegar às 22. Resolvi manter-te acordada para pelo menos lhe dares um beijinho e brincares um pouco.
Estavas no meu colo a beberes o leite e já com muito soninho.
O pai chega e tu ouves a porta da garagem a abrir. Imediatamente tiraste o biberon, olhaste para mim, fizeste o teu "Ó" de exclamação e disseste muito contente: "PAPÁ"... e saltaste do meu colo sempre a chamar papá, papá. Claro que ele também parecia uma seta a correr para ti. E o abraço que trocaram, os beijinhos que deram foram tão lindos, tão cheios de ternura.

terça-feira, novembro 07, 2006

Cumplicidades

A relação com os meus pais foi sempre bastante liberal. Desde cedo me deixaram sair, estipulando horários e com companhias da confiança deles. Essas companhias eram meus meus amigos mas também o eram dos meus pais.
Mas com a minha mãe foi sempre uma relação de amigas. Era ela que me comprava tabaco (apesar de nunca admitir que era para mim. Costumava dizer que eram de uma amiga que se tinha esquecido...), foi com ela que fui à médica para falarmos sobre a pílula, era ela que se oferecia para ir comigo à discoteca para ver "o que era aquilo" (não sempre, claro!).
Era com ela que falava sobre os meus namorados, apesar de por vezes não lhe ter dado ouvidos. Nunca me proibiu de sair mas sabia quem eram os meus amigos e controlava todos os nossos passos. Por vezes até demais.
A dada altura da minha vida (talvez na fase da adolescência, da parvalheira), cheguei a pensar que ela era demasiado possessiva e comecei a não partilhar tudo com ela. Continuavamos amigas mas com alguns segredos.
Agora tenho uma filha. E gostava de ser amiga para além de mãe.
Hoje, depois de a acordar, deitei-a na minha cama e dei-lhe o biberon para as mãos. Contrariamente aos outros dias e porque tinha tempo, deitei-me ao lado dela. Ela segurava o biberon mas foi tombando para o meu lado. Eu endireitei-a e segurei-o. Ela pegou na minha mão, colocou-a sobre a perna dela e ia-me fazendo miminhos, sempre a olhar para mim e a sorrir.
Naquele momento eu senti que estamos no bom caminho para sermos boas companheiras, boas amigas.

sexta-feira, novembro 03, 2006

No carro

Gosto muito das viagens de carro com a pequena Inês. Ela vai ali sossegada, a olhar para mim através do retrovisor, eu vou falando com ela, outras vezes canto (mal, eu sei mas é o que se arranja).
Ontem, já noite escura. Ela não me consegue ver. Eu estava calada. Apenas o som de alguma música que tocava no rádio. De repente ouço um "Mmmmãe", como que a certificar-se que eu estava lá. "Sim meu amor, a mamã está aqui".
Gostava de saber o que ela estava a pensar. Eu pensei que queria estar sempre ali, sempre ao lado dela.

quinta-feira, novembro 02, 2006

As últimas

"Inês, pisca os olhos"...
e ela olha para nós, fecha os dois olhos com muita força e volta a abri-los muito, fechando-os logo de seguida para voltar a abri-los fazendo umas caretas! E nós rimos! E ela ri-se! E nós rimos ainda mais! E pedimos outra vez. E ela repete!!! E ri-se...

"ha-me" (na linguagem da Inês dá-me)...
Pede a colher. Nós damos. E ela consegue levar tudo à boca sem deixar cair (umas migalhitas caem sempre, não é?). E nós batemos palmas. E ela ri-se e volta a levar a colher à boca com uma destreza fantástica. E nós babados a olhar para ela. Está grande a minha bébé.
Deve ter alguma tara com calçado. Tanto em relação ao dela como ao nosso. Tira-nos os chinelos, descalça as botas, calça os chinelos, tenta calçar-nos as botas dela, não consegue (...), tira os chinelos, vem colocá-los nos nossos pés, tenta calçar as botas, não consegue (...) - "mmmãe" (este M dito por ela é mesmo arrastado. Adoro quando ela me chama).