quinta-feira, setembro 18, 2008

Ontem


foi o primeiro dia de escolinha da Inês.
O friozinho na minha barriga já estava cá há uns dias, mas ontem o nervoso era diferente. Era o medo por ela, o como é que ia ficar, sendo ela tão sossegada.
Levantei-me bastante cedo para que nada corresse mal. É que estar nervosa e andar a correr não combina nadinha.
Dei mama ao puto e fui acordar a princesa. Estava muito bem disposta. Vestidinha e com o pequeno almoço tomado, mochila às costas seguimos os 3, puto atrelado.
Notava-se a ansiedade dela. Principalmente no frio que dizia ter, no sono que queria dormir.
Na escola, à espera da educadora, só me disse que os meninos cantavam mal.

Na sala dela não me largava as pernas. Os outros meninos estavam em cima do meu catraio. Deviam pensar que era um nenuco novo para eles brincarem...
Depois de uns minutos por lá e de um café delicioso e imaginário, disse que me ia embora. Colou-se a mim. Quis pintar. Pintou. Voltei a tentar uma despedida. Agarrou-se ao meu pescoço. A M. sugeriu irmos para o parque. Já cá fora foi para o baloiço e aceitou a minha despedida. Um beijinho e um abraço muito apertado, deixei-a a sorrir. Eu e ela.
Soube mais tarde que se tinha portado lindamente. Que tinha comido muito bem, que ainda não se aproxima muito das outras crianças mas que já brinca e que andou de mão dada com uma nova amiguinha.
Hoje estava ansiosa. Fui eu e o pai levá-la e mal entrou quis logo ir para a mesa das experiências e beijinhos e até logo.

Eu, num ataque de curiosidade, fui espreitá-la na hora do pós almoço, e ela andava toda contente a brincar com duas meninas.
Agora já durmo muito mais descansada.


sexta-feira, setembro 12, 2008

Apesar

dos meus receios, a semana passou e com resultado positivo.
O moço tem dias que lhe dá a macacoa e passa quase toda a tarde a chorar, só acalmando na hora que me vê. Ontem alterámos o sistema e ele foi ao meu local de trabalho mamar. Hoje voltamos a fazê-lo mas deu-lhe a pancada depois disso.
Resolvemos começar a dar-lhe a papa na segunda-feira.
Acho-o demasiado esfomeado, sempre a olhar para o que nós comemos. Hoje o Jorge deu-lhe uma pêra cozida e o puto comeu-a em 2 tempos e ainda ficou a olhar para o prato... temos comilão.

A rapariga começa a escolinha no dia 17. Até me dá um aperto só de pensar.
Na quarta-feira despedi-me dela com beijinho beijinho, até já, porta-te bem, e eu já no carro pronta a seguir, e vem ela a correr e a chorar e a chamar por mim. Queria mais beijinhos e queria vir comigo e mãe não vás. Se é assim nos dias que fica na avó, imagino nos dias que fica na escola.
Xô pessimismo. Vai ficar por lá na maior. Só me diz que vai ter um bocadinho de vergonha mas que depois vai falar para os meninos. Espero que sim, meu amor, espero que sim.

O meu trabalhinho novo está a correr muito bem. Pela pequena amostra que tive, já achava que ia gostar. Mas estou a amar. É certo que só a partir de segunda-feira é que vai ser a doer, mas esta semana já deu para preparar tudo.

Obrigada Luzinha pela oferta da máquina, mas desisti da ideia. Ou sou eu que sou neca ou é a máquina que não presta, mas não me identifico nadinha com aquilo e não devo saber como ela funciona. Ontem, ao fim de alguns minutos, já tinha o peito dorido e quase a sangrar. Que se lixe o negócio. O puto vai comer comidinha ao lanche e nas outras refeições dou-lhe mama. Sempre dá mais gosto ser vaquinha para uma boca...

segunda-feira, setembro 08, 2008

E a nova vida

começou hoje.
A manhã correu melhor do que eu estava à espera. O rapaz é uma incerteza. Tanto chora e barafusta como ri e fica sossegado.
Levantei-me às 9h com ele a pedir mama. Adormeceu. Fui tomar o pequeno almoço e aparece-me a Inês ao colo do pai. Preparo o dela que entretanto foi acompanhar o papá até ao carro. Pelo meio vou preparando a sopa dela. Mexe aqui, mexe acolá, e já são 11 horas. O almoço meio adiantado, acorda o puto. Mama novamente. Almoço no tacho, banho para mim. Puto na espreguiçadeira,
filha na televisão, mãe na banheira.
Almoço na mesa, começa ele a resmungar. Molhei-lhe um cantinho da chupeta na sopa da mana. Gostou e adormeceu.
Cozinha arrumada, filhos no carro, combinei com os meus pais num cafézito perto de ambos para custar menos a separação.
Lá ficaram todos contentes, ela com um chupa ele no colo da avó.
Apesar de tudo, custou. Custa sempre não é? Ia pensando neles mas mantive-me sempre ocupada.

Segundo informações dos meus pais, passaram muito bem a tarde.
Em relação à amamentação, detesto tirar leite com a bomba. Talvez por ser manual. Cansa-me imenso. Caso não consiga tirar o suficiente vai o rapaz ao meu emprego e come por lá. Prefiro.

Chegamos a casa por volta das 20h, demos banhos, demos jantares. Agora são 22h e dormem os dois. Lindos.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Manos ao acordar

Tic - Tac

Começou a contagem decrescente.
Na segunda feira começo a trabalhar. Para já apenas de tarde, das 14 às 19.
E ao ver essa realidade aqui tão perto, dá-me uma tristeza tão grande. Sei que ele fica muito bem. Vai para a minha mãe. Sei que até vou gostar daquelas horas onde vou estar ocupada, mas vai faltar-me algo.

E depois há também a minha princesa que vai entrar para a escolinha. Começa no dia 17. Não quero pensar muito nisso para já e quero deixar andar.

A verdade é que a vida é mesmo assim.