segunda-feira, janeiro 28, 2008

Tenho

andado farta, sem paciência.
No trabalho ninguém se resolve. Já avisei umas quantas vezes que em meados de Fevereiro pretendia ir para casa e não ligam nenhuma. Foi feita uma entrevista mas a pessoa em causa recusou o emprego. Não consigo entender. E deixam-se ficar à sombra da bananeira talvez à espera que caia alguma. Ou então que a lorpa vá ficando e vá fazendo tudo, como é me(a)u hábito.
Por muito que me custe a minha decisão está tomada. Já brincaram demasiado com a minha pessoa para eu deixar que o façam novamente.
Até porque ainda não tenho nada feito ou adiantado em relação ao nascimento. Tenho as roupinhas para lavar e algumas compras para fazer. O tempo não chega para tudo. Quero ficar em casa relaxada e pensar apenas nele, no filho. A filha acompanha-me. Sempre.
Tenho o quarto dele para preparar. Ainda nem está pensado.
Quero ter tempo para mim, para a minha família.
Quero interiorizar que daqui a 2/3 meses seremos quatro em casa.
Quero pensar na Inês, no como vai ser. No encontro entre manos, neles os dois, nos meus filhos.

terça-feira, janeiro 22, 2008

A minha filha tem jeito

Sempre que me vê a vestir a cinta pergunta para que é.
Digo-lhe que é para segurar e para aquecer o mano.
Fica a olhar enquanto acabo a minha vestimenta e no final diz-me que estou gorda...
Fico a olhar para ela e remata logo a seguir.
Não te preocupes, só estás gorda na barriga!

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Contrariamente

ao que tem acontecido nos últimos dias em que é ela que vem para a minha cama e me acorda, hoje estava consolada a dormir.
Embrulhada nos lençóis, toda atravessada na cama, quentinha como um rojãozinho e soltando uns roncos valentes.
Tentei acordá-la com beijos mas o sono era mais forte. Abri a janela, deitei-me, mexi-lhe no cabelo. Nem abria os olhos. Peguei nela, sempre a dormitar encostada ao meu ombro e sentei-a na minha cama. Dei-lhe o leite que bebeu quase a dormir.
Enquanto me vestia, pousou o biberon e deitou-se.
Veio em pijama. Podia ser que voltasse a dormir na casa da avó.
Já no carro disse-me que tinha sono.
Respondi-lhe:
- Dormes na cama do "bu".
- Não quero. Posso dormir aqui?
- Aqui não porque já estamos a chegar. Depois dormes com ele.
- Pode ser...

terça-feira, janeiro 15, 2008

Por cá

tudo bem.
Muito trabalho, pouco tempo.
Em breve terei uma companheira para me substituir. Aí poderei descansar, mais não seja acalmar. Penso ficar a trabalhar mais 1 mês e depois vir para casa.
Para o piolho embutido ainda não tenho nada. Realmente é verdade que uma 2ª. gravidez se leva mais na calma. Penso sempre que ainda falta muito.
Ele é um mexerico de primeira. A Inês também mexia bastante mas principalmente à noite, ao deitar. Este é de manhã. Começa quando ainda estou na cama, aumenta depois do pequeno almoço e vai dançando sempre. É bom senti-lo assim, vivaço, cheio de genica.
Já estou com gestos de grávida, a mãozinha lá vai pousando na barriga. É das sensações que mais gosto de sentir e que sei que vou ter saudades.
Com alguma mas pouca insitência, lá conseguimos convencer a piolha maior a adormecer com o pai. Já não refila, apenas me pede para a ir cobrir e dar-lhe um beijo. A história é escolhida por mim.
Não tem acordado durante a noite. Quando acontece já é quase dia, sai da cama e vem ter connosco ao quarto. Chega de mãos esticadas a apalpar terreno e diz-me que está escuro. Pego nela e deito-a ao meu lado. Momento bom do dia. Estar rodeada de braços, ser abraçada e abraçar os meus amores.
Ainda dormita um bom bocado enquanto eu trato das coisas.
Esta minha filha é um doce.
Adoro comer aquele pescocinho bom.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Um dia

destes ao final do dia, pedi ao Jorge para me tirar as meias. A barriga cresce e já custa dobrar.
Hoje de manhã estávamos as duas em casa. Ela já estava pronta mas eu ainda me estava a vestir.
Peguei numas meias e numas cuequitas para vestir mas deixei-as em cima da cama. Ela andava a passear pelo quarto ams quando as viu pousadas veio a correr para mim, pegou nelas e disse-me:
- Mãe, eu ajudo a vestir!

quarta-feira, janeiro 02, 2008

O teu nome...

É sabido por muita gente que gostávamos de ter uma menina. Ela nasceu e foi (e ainda é) uma princesa, muito sossegada, muito carinhosa, um amor de menina.
Num segundo filho há sempre aquelas opiniões em que como já temos uma menina um menino vinha mesmo a calhar. Nós não pensávamos bem assim e adorávamos ter outra menina, até porque há uma maior cumplicidade entre irmãs, pelo menos na idade da parvalheira: a partilha de segredos, a ajuda mútua...
Mas desde que soubemos desta gravidez que a Inês pedia um irmão. E chateava-se toda quando lhe dizíamos que podia ser uma menina. Chorava mesmo. E disse sempre que queria que ele se chamasse Rui Neto. Não sabemos onde foi desencantar este nome até porque não temos nenhum amigo chegado que se chame Rui e o Neto então é melhor nem falar.
O certo é que ainda não nos tínhamos debruçado sobre o tema. Havia alguns nomes em cima da mesa, mas nenhum que "batesse". Quando nos perguntavam se já tínhamos escolhido o nome, ela respondia que ainda não estava decidido.
Até ela o ter feito, ainda que inconscientemente.
Um dos dias apareceu-nos ao quarto, já de manhã, mas cedo. Deitou-se no nosso meio e voltou a adormecer.
Ainda a dormir, portanto a sonhar, disse: O meu irmão é Rui, só Rui!
Depois disto ficou difícil não adoptar esse nome para o nosso filhote. Ficou Rui Miguel.