quarta-feira, setembro 27, 2006

Nas

primeiras consultas, a pediatra da minha filha disse-nos que a Inês era uma criança que necessitava muito de contacto humano. Ela só a tinha visto duas vezes...
Nós também achávamos isso, mas normalmente todos os bébés gostam de se sentirem acariciados e sempre com alguém para lhes fazer companhia. A Inês não era excepção.
Para adormecer, quando ainda dormia no berço, tinha que ser ao colo. Não gostava de baloiçar, nem de paninhos na cara ou bonecos; gostava de ter alguém ali, juntinho a ela. Quando passou para a caminha de solteiro, pensamos em começar a habituá-la a adormecer sozinha. Tarefa impossível. Tem que alguém deitar-se ao lado dela (agora está na fase de só querer a mãe e eu chateadíssima), mas como não bastasse isso, ela tem que estar a agarrar-me: ou me agarra a cara com as duas mãos, ou coloca uma mão sobre o meu braço e a outra na minha cara, ou ainda, coloca a cabeça na minha barriga e com uma mão tenta agarrar mais qualquer coisa do meu corpo.
Mas esta tendência para o contacto humano não se revela apenas ao adormecer. Quando está a brincar, fica entretida uns 10 ou 15 minutos, mas passado este tempo levanta-se e vem ter comigo ou com o pai, abraça-se a uma perna nossa, fazemos-lhe uma carícia, damos um beijinho, e ela volta para onde estava...
É uma criança como todas as outras. Gosta de se sentir amada, gosta que lhe dêem atenção, carinho, miminhos. E nós gostamos muito de lhe dar tudo isso. Há momentos que ela vem ter connosco de braços abertos para dar um "XI". Naquele momento recebo e dou tanto amor. Naquele momento nada mais existe.

1 comentário:

Grilinha disse...

Acredita que isso é muito bom...o JP é igualzinho...embora que mais comigo do que com estranhos, e eu adoro ! Não me importo muito...mas se estiver todo o dia com ele...sufoca um bocadinho...Mas são fases e vai ficando mais independente com o tempo...beijinhos