quinta-feira, julho 12, 2007

Desfralde (ainda...)

Já há algum tempo atrás falei que tinha tentado tirar as fraldas à Inês. Talvez mais por insistência da minha mãe, que sabe tudo.
Tentamos fazê-lo com algum êxito com aqui comentei. Ela já pedia e acho que começava a ganhar gosto. Mas entretanto veio novamente a chuva e o frio e as saias deram lugar às calças e o pote pouco era utilizado. Estava frio para ficar com a pernoca à mostra.
Está mal, muito mal.
Agora, com a chegada do calor, tentamos novamente levá-la ao potinho. Mas agora, ela não quer. Mal falamos em pote, ela diz logo que não quer fazer chichi nem cócó. Às vezes é um cheirete, mas tem sempre a fralda limpa. Nunca a quer mudar.
Li algures que é contra producente forçar.
Mas como é que explicamos isso às avós (neste caso é apenas uma)? Porque já é tempo de ela deixar, porque ela já fala tão bem, porque, porque...
As vontades das pequenas criaturas ficam sempre para segundo plano. Deixá-la estar. Ela há-de pedir. A seu tempo ela o fará.
Mas enervo-me quando a minha mãe quer pegar nas rédeas. É a mim que cabe fazê-lo. Ainda hoje ao almoço, e perante o que aconteceu só posso deduzir que ela o faz nas minhas costas, a Inês estava a ver um DVD do Noddy. A sopa estava pronta e a minha mãe chamou-nos. E perguntou-me logo a seguir se por acaso eu não queria dar-lhe a sopa em frente à televisão. Eu disse que não mas a Inês disse que sim. Na nossa casa não há televisão na cozinha. Expliquei-lhe que a sala é para brincar e para ver os bonecos e que a cozinha é para comer. Ela aceitou bem e pediu para acabar de ver aquele episódio. Mas a minha mãe achou que ela comia melhor na sala. Mas eu achei que não!
Estes pequenos episódios deixam-me triste. Porque eu até sei que ela está muito bem, que tem toda a atenção do mundo e todo o carinho, mas as opiniões são distintas das nossas. E há choque de ideias. Porque o que nós fazemos/achamos normalmente está mal.

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