Ele:
Não diz nada de jeito. Palra imenso, não se cala um minuto. O único problema é que ninguém o entende. Quer dizer, faz-se entender por gestos, agarra-nos para nos levar onde quer e deve ser por esse motivo que não se esforça. Nós também aprendemos a não forçar.
Mas vai dizendo: mamã, papá, olá, já tá, xau e áb(g)ua. Neste momento são as únicas palavras que entendemos.
É um puto traquina, brutinho e meigo q.b. Não é gaijo de muitos beijos. Dá-os raramente e não os repete. A nós, gente, porque aos bonecos e aos livros dá muitos, repenicados.
Anda numa fase menos boa (elas passam não passam??) para comer sopa. Mal vê o prato diz logo que não e coloca os dedos na boca (!!).
Adora livros e costuma ouvir a história de boa noite deitado na cama da irmã. No fim pega no livro e vai para a cama dele onde eu costumo estar já à espera. Sabe bem ouvi-lo dizer MAMÃ quando chega ao quarto. Vale os beijos que não me dá...
Continua a ser mauzinho e a estar sempre de mão no ar pronto a bater. Principalmente na mana. Por todos e nenhum motivo.
Ela:
Anda muito mimalha e de choro fácil. Acreditamos ser ciúmes, que vieram tardiamente. Tentamos dar-lhe toda a atenção possível, mas nem sempre é fácil. Estamos sempre lá, mas sentimos que muitas das vezes falta qualquer coisa, coisa essa que ainda não descobrimos qual. Continua a ser uma boa menina, bem comportada. Gostava de ser uma mosca para a ver na escolinha. Tem uma adoração pelo mano, mas se até agora não lhe batia porque ele é pequenino, ultimamente tem-se defendido dos ataques dele e eu acho bem. Inicto-a sempre a defender-se.
Esta a ficar demasiado perfeccionista. No sábado chateou-se e chorou baba e ranho só porque se enganou a escrever o ABC. Esqueceu-se do K... e não adianta tentarmos acalmá-la. Detesta enganar-se. Acho que ainda é muito pequena para estes desvarios, mas não há nada a fazer. Com o tempo aprende. Anda no inglês e gosta muito. Agora a sopa é comida com colheradas estrangeiras.
Somos felizes e só isso importa.
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